gilberto Gil canta e encanta com a tecnologia as músicas Parabolicamará e Banda Larga Cordel. Então, aproveite muito bem!!!
Parabolicamará Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo é muito grande Porque Terra é pequena Do tamanho da antena Parabolicamará
Ê volta do mundo, camará Ê, ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante Perto só quando dava Quando muito ali defronte E o horizonte acabava Hoje lá trás dos montes den'de casa camará
Ê volta do mundo, camará Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade De saveiro leva uma encarnação
Pela onda luminosa Leva o tempo de um raio Tempo que levava Rosa Pra aprumar o balaio Quando sentia Que o balaio ía escorregar
Ê volta do mundo, camará Ê, ê, mundo dá volta, camará
Esse tempo nunca passa Não é de ontem nem de hoje Mora no som da cabaça Nem tá preso nem foge No instante que tange o berimbau Meu camará
Ê volta do mundo, camará Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade De saveiro leva uma encarnação
De avião o tempo de uma saudade
Esse tempo não tem rédea Vem nas asas do vento O momento da tragédia Chico Ferreira e Bento Só souberam na hora do destino Apresentar
Ê volta do mundo, camará Ê, ê, mundo dá volta, camará
Banda Larga Cordel
Pôs na boca, provou, cuspiu É amargo, não sabe o que perdeu Tem um gosto de fel, raiz amarga Quem não vem no cordel da banda larga Vai viver sem saber que mundo é o seu
Mundo todo na ampla discussão O neuro-cientista, o economista Opinião de alguém que esta na pista Opinião de alguém fora da lista Opinião de alguém que diz que não
Uma banda da banda é umbanda Outra banda da banda é cristã Outra banda da banda é kabala Outra banda da banda é alcorão E então, e então, são quantas bandas? Tantas quantas pedir meu coração
E o meu coração pediu assim, só Bim-bom, bim-bom, bim-bom, bim-bom
Ou se alarga essa banda e a banda anda Mais ligeiro pras bandas do sertão Ou então não, não adianta nada Banda vai, banda fica abandonada Deixada para outra encarnação
Rio Grande do Sul, Germania Africano-ameríndio Maranhão Banda larga mais demografizada Ou então não, não adianta nada Os problemas não terão solução
Piraí, Piraí, Piraí Piraí bandalargou-se um pouquinho Piraí infoviabilizou Os ares do município inteirinho Com certeza a medida provocou Um certo vento de redemoinho
Diabo de menino agora quer Um i pod e um computador novinho Certo é que o sertão quer virar mar Certo é que o sertão quer navegar No micro do menino internetinho
O Netinho, baiano e bom cantor Ja faz tempo tornou-se um provedor - provedor de acesso À grande rede www Esse menino ainda vira um sábio Contratado do Google, sim sinho
Diabo de menino internetinho Sozinho vai descobrindo o caminho O rádio fez assim com seu avô
Rodovia, hidrovia, ferrovia E agora chegando a infovia Pra alegria de todo o interior
Meu Brasil, meu Brasil bem brasileiro O You Tube chegando aos seus grotões Veredas do sertão, Guimarães Rosa, Ilíadas, Lusíadas, Camões, Rei Salomão no Alto Solimões, O pé da planta, a baba da babosa.
Pôs na boca, provou, cuspiu É amargo, não sabe o que perdeu É amarga a missão, raiz amarga Quem vai soltar balão na banda larga É alguém que ainda não nasceu
Drummond no livro A rosa do povo compartilha Adoro poesia e como referencia poetica tenho Drummond é claro que tenho outros mais, mas escolhi o Drummond pois através do poema "Carta a Stalingrado" o poeta escreve um poema,uma carta sensibilizado com a resistencia de Stalingrado com os nazistas em plena época da segunda guerra mundial. Esta é uma poesia para admirarmos, refletirmos e engajarmos com as causas sociais.
Carta a Stalingrado
Stalingrado... Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades! O mundo não acabou, pois que entre as ruínas outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora, e o hálito selvagem da liberdade dilata os seus peitos, Stalingrado, seus peitos que estalam e caem, enquanto outros, vingadores, se elevam. A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais. Os telegramas de Moscou repetem Homero. Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novo que nós, na escuridão, ignorávamos. Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída, na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas, no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas, na tua fria vontade de resistir. Saber que resistes. Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes. Que quando abrimos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página. Terá custado milhares de homens, tanques e aviões, mas valeu a pena. Saber que vigias, Stalingrado, sobre nossas cabeças, nossas prevenções e nossos confusos pensamentos distantes dá um enorme alento à alma desesperada e ao coração que duvida. Stalingrado, miserável monte de escombros, entretanto resplandecente! As belas cidades do mundo contemplam-te em pasmo e silêncio. Débeis em face do teu pavoroso poder, mesquinhas no seu esplendor de mármores salvos e rios não profanados, as pobres e prudentes cidades, outrora gloriosas, entregues sem luta, aprendem contigo o gesto de fogo. Também elas podem esperar. Stalingrado, quantas esperanças! Que flores, que cristais e músicas o teu nome nos derrama! Que felicidade brota de tuas casas! De umas apenas resta a escada cheia de corpos; de outras o cano de gás, a torneira, uma bacia de criança. Não há mais livros para ler nem teatros funcionando nem trabalho nas fábricas, todos morreram, estropiaram-se, os últimos defendem pedaços negros de parede, mas a vida em ti é prodigiosa e pulula como insetos ao sol, ó minha louca Stalingrado! A tamanha distância procuro, indago, cheiro destroços sangrentos, apalpo as formas desmanteladas de teu corpo, caminho solitariamente em tuas ruas onde há mãos soltas e relógios partidos, sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto? Uma criatura que não quer morrer e combate, contra o céu, a água, o metal, a criatura combate, contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate, contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate, e vence. As cidades podem vencer, Stalingrado! Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma fumaça subindo do Volga. Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo. Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres, a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem. (Andrade, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. Rio de Janeiro: Record, 1987)
Ola Rejane! Parabéns pela construção do Blog. Já começou a postar atividades. Lembre-se que nosso tema é arte, tecnologia e educação.Vá em frente! Cristina
O que o mundo nos aguarda com as novas tecnologias? Quem vencerá? Essa música nos mostra a resposta. Vencerá quem se diferenciar. Apreciem a letra!!!
ResponderExcluirLe Louvre (tradução) letra
Fora dos museus novo amigo meu irá destruir, a civilização das banalidades.
Sobre seguem-me, exibem, Alta moda vai, vencerá, quem se diferenciar
Por muitos séculos,
Este nobre,
Continuaram a ser exposto sempre imóvel,
Com um desejo intenso de entrar no café..
Novas leituras com tecnologia,
Vai nos revelando,
Prisão dourada
Tempo de convenções,
De providencia
.
Fora dos museus novo amigo meu irá destruir, a civilização das banalidades
Sobre seguem-me, exibem, Alta moda vai, vencerá, quem se diferenciar
Computador me fale se,
Novamente livres
Como Gioconda.
Correm nas pistas
Tempo mudança,
Nova modernidade
Fora dos museus novo amigo meu irá destruir, a civilização das banalidades
Sobre seguem-me,
exibem, Alta moda vai, vencerá, quem se diferenciar
Vencerá quem se diferenciar
Vencerá quem se diferenciar
Vencerá quem se diferenciar
Vencerá quem se diferenciar
Músicas.mus.br
ResponderExcluirgilberto Gil canta e encanta com a tecnologia as músicas Parabolicamará e Banda Larga Cordel. Então, aproveite muito bem!!!
ResponderExcluirParabolicamará
Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena
Parabolicamará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante
Perto só quando dava
Quando muito ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes
den'de casa camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
Pela onda luminosa
Leva o tempo de um raio
Tempo que levava Rosa
Pra aprumar o balaio
Quando sentia
Que o balaio ía escorregar
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Esse tempo nunca passa
Não é de ontem nem de hoje
Mora no som da cabaça
Nem tá preso nem foge
No instante que tange o berimbau
Meu camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
De avião o tempo de uma saudade
Esse tempo não tem rédea
Vem nas asas do vento
O momento da tragédia
Chico Ferreira e Bento
Só souberam na hora do destino
Apresentar
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Banda Larga Cordel
Pôs na boca, provou, cuspiu
É amargo, não sabe o que perdeu
Tem um gosto de fel, raiz amarga
Quem não vem no cordel da banda larga
Vai viver sem saber que mundo é o seu
Mundo todo na ampla discussão
O neuro-cientista, o economista
Opinião de alguém que esta na pista
Opinião de alguém fora da lista
Opinião de alguém que diz que não
Uma banda da banda é umbanda
Outra banda da banda é cristã
Outra banda da banda é kabala
Outra banda da banda é alcorão
E então, e então, são quantas bandas?
Tantas quantas pedir meu coração
E o meu coração pediu assim, só
Bim-bom, bim-bom, bim-bom, bim-bom
Ou se alarga essa banda e a banda anda
Mais ligeiro pras bandas do sertão
Ou então não, não adianta nada
Banda vai, banda fica abandonada
Deixada para outra encarnação
Rio Grande do Sul, Germania
Africano-ameríndio Maranhão
Banda larga mais demografizada
Ou então não, não adianta nada
Os problemas não terão solução
Piraí, Piraí, Piraí
Piraí bandalargou-se um pouquinho
Piraí infoviabilizou
Os ares do município inteirinho
Com certeza a medida provocou
Um certo vento de redemoinho
Diabo de menino agora quer
Um i pod e um computador novinho
Certo é que o sertão quer virar mar
Certo é que o sertão quer navegar
No micro do menino internetinho
O Netinho, baiano e bom cantor
Ja faz tempo tornou-se um provedor - provedor de acesso
À grande rede www
Esse menino ainda vira um sábio
Contratado do Google, sim sinho
Diabo de menino internetinho
Sozinho vai descobrindo o caminho
O rádio fez assim com seu avô
Rodovia, hidrovia, ferrovia
E agora chegando a infovia
Pra alegria de todo o interior
Meu Brasil, meu Brasil bem brasileiro
O You Tube chegando aos seus grotões
Veredas do sertão, Guimarães Rosa,
Ilíadas, Lusíadas, Camões,
Rei Salomão no Alto Solimões,
O pé da planta, a baba da babosa.
Pôs na boca, provou, cuspiu
É amargo, não sabe o que perdeu
É amarga a missão, raiz amarga
Quem vai soltar balão na banda larga
É alguém que ainda não nasceu
Drummond no livro A rosa do povo compartilha Adoro poesia e como referencia poetica tenho Drummond é claro que tenho outros mais, mas escolhi o Drummond pois através do poema "Carta a Stalingrado" o poeta escreve um poema,uma carta sensibilizado com a resistencia de Stalingrado com os nazistas em plena época da segunda guerra mundial. Esta é uma poesia para admirarmos, refletirmos e engajarmos com as causas sociais.
ResponderExcluirCarta a Stalingrado
Stalingrado...
Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora,
e o hálito selvagem da liberdade
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem,
enquanto outros, vingadores, se elevam.
A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.
Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novo
que nós, na escuridão, ignorávamos.
Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída,
na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas,
no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas,
na tua fria vontade de resistir.
Saber que resistes.
Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes.
Que quando abrimos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página.
Terá custado milhares de homens, tanques e aviões, mas valeu a pena.
Saber que vigias, Stalingrado,
sobre nossas cabeças, nossas prevenções e nossos confusos pensamentos distantes
dá um enorme alento à alma desesperada
e ao coração que duvida.
Stalingrado, miserável monte de escombros, entretanto resplandecente!
As belas cidades do mundo contemplam-te em pasmo e silêncio.
Débeis em face do teu pavoroso poder,
mesquinhas no seu esplendor de mármores salvos e rios não profanados,
as pobres e prudentes cidades, outrora gloriosas, entregues sem luta,
aprendem contigo o gesto de fogo.
Também elas podem esperar.
Stalingrado, quantas esperanças!
Que flores, que cristais e músicas o teu nome nos derrama!
Que felicidade brota de tuas casas!
De umas apenas resta a escada cheia de corpos;
de outras o cano de gás, a torneira, uma bacia de criança.
Não há mais livros para ler nem teatros funcionando nem trabalho nas fábricas,
todos morreram, estropiaram-se, os últimos defendem pedaços negros de parede,
mas a vida em ti é prodigiosa e pulula como insetos ao sol,
ó minha louca Stalingrado!
A tamanha distância procuro, indago, cheiro destroços sangrentos,
apalpo as formas desmanteladas de teu corpo,
caminho solitariamente em tuas ruas onde há mãos soltas e relógios partidos,
sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto?
Uma criatura que não quer morrer e combate,
contra o céu, a água, o metal, a criatura combate,
contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate,
contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate,
e vence.
As cidades podem vencer, Stalingrado!
Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma fumaça subindo do Volga.
Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo.
Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres,
a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem.
(Andrade, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. Rio de Janeiro: Record, 1987)
Ola Rejane!
ResponderExcluirParabéns pela construção do Blog. Já começou a postar atividades. Lembre-se que nosso tema é arte, tecnologia e educação.Vá em frente!
Cristina